Cenas de sua formatura, com Missa celebrada no claustro da faculdade; no detalhe, o jovem Dr. Plinio
Tal foi o exemplo do próprio Dr. Plinio, que defendeu com ufania os princípios católicos no ambiente laicista da Faculdade de Direito

Nos tópicos transcritos a seguir, Dr. Plinio explica como um contra-revolucionário deve quebrar a barreira de isolamento que o rodeia, reunir-se a outros que encontra em torno de si para se apoiarem mutuamente e, numa ação conjunta, enfrentar a Revolução em todos os seus aspectos.

Como pode ser examinada a tática da Contra-Revolução?

“Nada mais eficiente que a tomada de posição contra-revolucionária franca e ufana de um jovem universitário…”

Fotos: Arquivo revista
Fotos: Arquivo revista

“A tática da Contra-Revolução pode ser considerada em pessoas, grupos, ou correntes de opinião, em função de três tipos de mentalidade: o contra-revolucionário atual, o contra-revolucionário potencial e o revolucionário” (p. 106).

Lucidez e amor à coerência

Indique algumas características do contra-revolucionário atual.

“O contra-revolucionário atual é menos raro do que nos parece à primeira vista. Possui ele uma clara visão das coisas, um amor fundamental à coerência e um ânimo forte. Por isto tem uma noção lúcida das desordens do mundo contemporâneo e das catástrofes que se acumulam no horizonte. Mas sua própria lucidez lhe faz perceber toda a extensão do isolamento em que tão freqüentemente se encontra, num caos que lhe parece sem solução. Então o contra-revolucionário, muitas vezes, se cala, abatido. Triste situação: Vae soli1, diz a Escritura” (pp. 106-107).

Quanto a eles, o que uma ação contra-revolucionária deve visar?

“Uma ação contra-revolucionária deve ter em vista, antes de tudo, detectar esses elementos, fazer com que se conheçam, com que se apóiem uns aos outros para a profissão pública de suas convicções. Ela pode realizar-se de dois modos diversos: a ação individual e a ação em conjunto” (p. 107).

Efeitos das ações individual e conjunta

A ação individual é eficaz?

“Esta ação deve ser feita antes de tudo na escala individual. Nada mais eficiente que a tomada de posição contra-revolucionária franca e ufana de um jovem universitário, de um oficial, de um professor, de um Sacerdote sobretudo, de um aristocrata ou um operário influente em seu meio. A primeira reação que obterá será por vezes de indignação. Mas se perseverar por um tempo que será mais longo, ou menos, conforme as circunstâncias, verá, pouco a pouco, aparecerem companheiros” (p. 107).

Qual o efeito da ação em conjunto?

“Esses contactos individuais tendem, naturalmente, a suscitar nos diversos ambientes vários contra-revolucionários que se unem numa família de almas cujas forças se multiplicam pelo próprio fato da união” (pp. 107-108).

Em relação ao contra-revolucionário potencial

Deve-se apresentar somente algum aspecto ou a visão global da Revolução e da Contra-Revolução?

“Os contra-revolucionários devem apresentar a Revolução e a Contra-Revolução em todos os seus aspectos, religioso, político, social, econômico, cultural, artístico, etc. Pois os contra-revolucionários potenciais as vêem em geral por alguma faceta particular apenas, e por esta podem e devem ser atraídos para a visão total de uma e de outra. Um contra-revolucionário que argumentasse apenas em um plano, o político, por exemplo, limitaria muito seu campo de atração, expondo sua ação à esterilidade, e, pois, à decadência e à morte” (p. 108). v

1) “Ai do que está só” — Ecle. 4, 10.